quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O fim do mundo e a origem da Terra no Alentejo

Muito se tem especulado estes últimos tempos sobre o dia 21 de dezembro e o fim do mundo. Gosto de me ficar pela explicação, que afinal, este dia corresponde ao fim do ciclo baktún 13, ou seja ao fim de um ciclo de 5.126 anos registrados no calendário maia, e que marca o início de uma Nova Era. 
Uma era em que tudo na Terra será diferente, em que os humanos irão sofrer uma transformação espiritual, com mudanças profundas a nível pessoal, familiar e comunitário que os irão conduzir a uma verdadeira harmonia e equilíbrio entre os seres humanos e a natureza.
Para o 21 de dezembro, já só falta pouco mais de 1 dia, mas também 9 para o fim do ano 2012. Eu sinto-me tranquila, pois vivo no Alentejo, onde afinal, e segundo alguns cientistas a vida terá tido início.
Tudo terá acontecido na bonita e pacata vila de Cabeço de Vide (Concelho de Fronteira), conhecida pelas suas termas de águas sulfúreas. Há milhares de anos atrás, um meteorito vindo de Marte terá caído neste lugar, trazendo com ele microrganismos que depois evoluíram para espécies mais desenvolvidas.
Será por isso que a água das nascentes de Cabeço de Vide é sulfúrica e diferente de todas as outras? Com um PH de 11,5, é única na Europa, e só existe igual numas montanhas americanas e …. em Marte. Esta água é ideal para curar doenças do foro reumatológico, respiratório e dermatológico.  
E foi nesta água que foi descoberta uma bactéria vinda de Marte que terá dado início ao processo de desenvolvimento da vida no planeta Terra.
Já nesse tempo, a bactéria soube escolher o melhor local do mundo para se desenvolver. Podia ter escolhido um local do continente asiático ou americano, tão donos do mundo, mas não, foi mesmo em Portugal, e ainda por cima no Alentejo. Em Cabeço de Vide. Vejam só, estas fotografias de Cabeço de Vide, e digam lá se não é um lugar encantador e digno de uma bactéria se desenvolver em paz e tranquilidade. Alguma razão isto deve de ter tido.



Por isso, se o fim do mundo acabar, já sei que as forças do Universo irão juntar-se para que a vida volte a nascer no Alentejo. Os Alentejanos arregaçarão novamente as mangas e lutarão como sempre o têm feito para criar um novo mundo onde as palavras amizade, solidariedade, fraternidade, amor pelo próximo, tão comuns a este povo, irão reinar.
Um mundo melhor feito à maneira dos Alentejanos. Sem pressas, com o olhar atento aos mais próximos, verdadeiro e genuíno, respeitador da natureza, de tudo e de todos.
Talvez seja por esta força interior e esta comunhão com as leis da natureza, que eles são tão gozados e temidos? Será que a sua força e maneira de ser tão “humanas” assusta? Deixo aqui esta reflexão.
Mas enquanto, o fim do mundo vem e, não vem, ainda têm umas quantas horas para preparar um delicioso doce, que se costuma fazer nesta época festiva. Nunca se sabe, se o mundo acabar, mais vale ir com a barriga cheia e a boca doce.

NÓGADOS
Ingredientes
300 g Farinha
3 Ovos
200 g Açúcar
0.5 dl Azeite
1 Cálice de Aguardente
Mel
Sal e azeite q.b.

Misture os ovos, a aguardente, o azeite e sal. Bata até ficar em pasta. Acrescente a farinha e amasse. Depois da massa repousar cerca de 10 minutos, retire em pequenas quantidades e faça rolinhos compridos e finos. Deixar repousar num pano e corte-os em pequenos cubos.
Aqueça o azeite, quando estiver quente frite os pedaços de massa. Retire e deixe-os escorrer em papel de cozinha para absorver a gordura.
Entretanto, num tacho aqueça o mel juntamente com o açúcar e deixe  engrossar.
Deite os cubos de massa no mel. Retire com uma colher e coloque numa bandeja, ou como se costuma fazer mais frequentemente em folhas de laranjeira.
Sugestão: Pode aproveitar o resto da massa das filhoses, pôr no forno e envolver em mel, com o mesmo processo.



Desejo a todos um Natal o mais feliz possível, especialmente para todos aqueles e aquelas que, neste momento de crise, estão a passar por grandes dificuldades.
Oxalá os Maias tenham razão, e que uma Nova Era mais solidária esteja a chegar. Para o bem da humanidade!!!!!!

Deixo-vos com este Poema do Menino Jesus, de Fernando Pessoa, recitado com tanta emoção por Maria Bethânia.