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Uma papoila cresceu no asfalto
mesmo juntinho ao passeio da minha casa. Uma papoila toda vermelha,
com os seus olhos negros virados para mim, de folhas empinadas. Era muito
frágil essa papoila. Pelo menos parecia. É que apesar da sua aparente
fragilidade teve força suficiente para romper pelo asfalto e crescer na mais
árida das terras. E ela cresceu, cresceu, erguendo-se dia após dia em direcção
à luz e ao sol. Quando o vento lhe batia, dobrava-se um pouco para logo a seguir endireitar-se. Tão valente me saiu essa papoila. Valente ou orgulhosa por ter
conseguido vir do fundo das trevas e abrir o seu caminho em direcção à
liberdade?
Apesar de tanto lutar para se manter erguida, não conseguiu resistir aos calores tórridos e secos do Verão que se aproximou. E lá se foi a bela papoila. Desapareceu. Desengane-se quem pensar que se perdeu para sempre, pois, na Primavera seguinte lá estava ela outra vez a romper pelo asfalto mesmo juntinho ao passeio da minha casa. Uma papoila toda vermelha, com os seus olhos negros virados para mim, de folhas empinadas. Ela não desistiu, simplesmente recolheu-se uns tempos para regressar com mais força e largar as suas sementes, para ao seu lado crescerem mais papoilas. E já não era só uma mas todo um tapete de papoilas que estava junto ao passeio da minha casa. Unidas, sem se deixarem quebrar pela força do vento, a baloiçarem-se num sopro de esperança. Eu sei que um dia partirão mas voltarão, com os olhos negros cheios de sonho e de verdade, e irão crescer ainda mais juntas e unidas, pelo asfalto duro e árido da minha rua.
Apesar de tanto lutar para se manter erguida, não conseguiu resistir aos calores tórridos e secos do Verão que se aproximou. E lá se foi a bela papoila. Desapareceu. Desengane-se quem pensar que se perdeu para sempre, pois, na Primavera seguinte lá estava ela outra vez a romper pelo asfalto mesmo juntinho ao passeio da minha casa. Uma papoila toda vermelha, com os seus olhos negros virados para mim, de folhas empinadas. Ela não desistiu, simplesmente recolheu-se uns tempos para regressar com mais força e largar as suas sementes, para ao seu lado crescerem mais papoilas. E já não era só uma mas todo um tapete de papoilas que estava junto ao passeio da minha casa. Unidas, sem se deixarem quebrar pela força do vento, a baloiçarem-se num sopro de esperança. Eu sei que um dia partirão mas voltarão, com os olhos negros cheios de sonho e de verdade, e irão crescer ainda mais juntas e unidas, pelo asfalto duro e árido da minha rua.
Esta papoila podemos
vê-la nos campos do Alentejo. Manchas vermelhas de paixão, fervor e resistência,
a lutar por um lugar ao sol, por um lugar melhor. Frágil, mas com a força e a
convicção suficientes para enfrentar as maiores adversidades. E, mesmo que por
momentos pareça não existir mais, o sonho, a luta, a razão e a justiça farão
com que volte novamente. Como aquela papoila que rompeu pelo asfalto mesmo
juntinho ao passeio da minha casa. Tal e qual a democracia.
Nunca esteve no meio de um campo cheio de papoilas? Então, faça este exercício. Sente-se confortavelmente e imagine-se rodeado de flores. Oiça a natureza a cantar a vida. Sinta-se tranquilo, em paz e livre. Veja quanta felicidade estas e outras flores lhe podem transmitir.
Mas felicidade, é também
comer uma bela fatia de bolo de requeijão. E, esta é a época do requeijão. Vamos lá então provar uma deliciosa fatia.... ou duas.....
BOLO DE REQUEIJÃO
4 Ovos Inteiros
1 colher de chá de fermento
1 Raspa - Limão
1 Colher chá de Canela em pó
Bata as gemas com o açúcar e o requeijão previamente
esmagado com um garfo. Acrescente a farinha, a manteiga derretida, o fermento, a canela e a rapa do limâo. Mexa tudo. Bata as claras em castelo e adicione ao preparado
anterior. Envolva bem. Deite numa forma, untada com manteiga e forrada com
papel vegetal também untado. Leve ao forno pré-aquecido a 180.º durante cerca
de 40 minutos. Polvilhe com açúcar em pó e sirva.